terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dias difíceis...


Há dias que pensamos que teria sido melhor se ficássemos em casa dormindo, mas aí fica o questionamento: o dia seguinte seria mesmo melhor? ou tudo é apenas uma continuação do que tentamos evitar?
Às vezes julgamos que a energia do dia estava ruim, ou que as pessoas a nossa volta estavam de mal-humor e isso nos pegou desprevenidos e tudo o que queremos é voltar no tempo e evitar esse dia, essa energia estranha, essas pessoas que descontam suas frustrações em nós... hummmm, será essa a idéia correta que temos acerca do que nos acontece diariamente? que tudo vem de fora? que o inferno são os outros?
Bem, foi isso que pensei do dia de ontem, mas percebi que para ter chego à uma conclusão como essa só posso mesmo estar em desequilíbrio com minha natureza interna, afinal nada, absolutamente nada vem de fora, tudo está aqui dentro o tempo todo, se a energia do dia está ruim eu só pude percebê-la dessa forma porque a minha energia entrou na mesma sintonia, se o mal-humor de outra pessoa me deixou mal, é porque eu também estava me sentindo mal-humorada ou frustrada por algo e assim permiti que ela me tocasse com essa mesma vibração.
Todos nós temos esses botões internos que ficam ali à disposição de tudo e de todos, botões de raiva, rancor, mágoa, frustração, inveja, ódio, medo, tristeza, e claro por outro lado, não menos importante e sim menos utilizados, estão os botões de carinho, afeto, amor, alegria, entusiasmo, coragem, compaixão, etc. É como se fosse uma despensa de sentimentos e emoções, ficam ali todos esses potes automatizados, prontos a serem utilizados, basta que estejam com seu conteúdo cheio. Qualquer pessoa ou situação pode acionar esses botões e colocá-los em pleno funcionamento com energia total.
O problema é que não enfrentamos nossos problemas, não queremos encarar nenhuma situação desagradável que nos faça sentir mal, então vamos acumulando essa energia ruim com formato de aperto no peito, de peso nas costas, de dor de cabeça, de fome... é a fome é meu maior problema... a fome que não existe, o vazio da ansiedade que se materializa com essa fantasia de que há fome...
Então qual seria a solução? Bom se houvesse uma fórmula mágica que pudessemos utilizar para resolver tudo o que nos acontece sem demora, mas não funciona assim, não viemos com manual de instrução, na verdade estamos escrevendo o manual de instrução de cada um de nós à medida que vamos vivenciando nossas experiências. Mas, experimentei algo muito especial que gostaria de compartilhar aqui, talvez funcione com você também.
Que tal sentar com esse sentimento ruim e usufruir cada milésimo de segundo que ele nos proporciona??? Não, não estou louca, é simples assim. Afinal, se vamos sofrer de qualquer forma, porque não sofrer à vista? Porque sofrer parcelado? Talvez você não perceba nesse momento, mas observe cada vez que acontece, vamos imaginar que você sente raiva por algo não ter saído conforme você planejava, aí você evita essa raiva, não quer pensar nela, quer apenas tocar a sua vida, então fica um pouco mal-humorado e faz logo o que tem que fazer sem pensar em nada, talvez você desconte um pouco desse sentimento em alguém ou alguma coisa que está no seu caminho, talvez isso se transforme em uma dor na cervical, ou uma gastrite ou azia, mas você evita pensar ou sentir essa raiva e aí vai sofrendo parcelado por horas e às vezes dias, em casos mais extremos há quem fique sem digerir completamente a raiva por meses ou anos até.
Mas, vamos dizer que exatamente hoje, que você está lendo esse post, você decide fazer diferente, o mundo é tão maluco afinal de contas e então você resolve sentar com essa raiva e digerí-la lentamente. Você resolve que no momento em que algo muda a energia do seu dia de uma forma negativa, você vai parar tudo, procurar um lugar tranquilo para se sentar (mesmo que seja o banheiro do escritório) vai fechar os olhos e sentir isso com todo o seu ser, seja raiva, ciúme, frustração, mágoa, medo, angústia, não importa, seja o que for você vai parar tudo, e sentir tudo exatamente como é dentro do seu silêncio.
Esse é o meu convite especial para você nesse dia chuvoso, experimente e depois se você quiser pode me contar aqui mesmo, tenho certeza que vai se surpreender com o resultado.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Buscando, clamando, negando (e outros passatempos)- por Gangaji

Há o que eu chamaria de "uma experiência essencial", um momento no qual há uma mudança na consciência. E é essencial porque, até aquele momento, todos falam de ser "verdadeiro" ou "vigilante" ou "falando a verdade" e isso é abstrato - como algo que você iria aprender na sala de aula.  Nada disto pode ter significado concreto em sua vida até que você tenha passado por essa experiência. Com esta mudança na consciência, o que não era conhecido é subitamente visto. E esse reconhecimento é a sorte de uma vida. É uma bênção de uma vida.  É uma graça vindo à tona. A graça que foi coberta surge naquele momento.
Esse reconhecimento é o começo. Pode ser o fim dos erros de identificação. Pode ser o fim. Mas com a maioria dos seres humanos normais, é o começo. Estamos tão dependentes dos poderes da mente, que o que normalmente ocorre logo depois dessa experiência é um pensamento: "Como faço para manter isso?" ou "Não poderia ser assim tão simples" ou "Eu nunca vou perder isso." Seja qual for o pensamento, ele é seguido por outro pensamento.  E, eventualmente, o pensamento conduz para: "Bem, o que aconteceu? Isso aconteceu? Era real?" Depois, há a sensação de estar "perdido". E a busca começa novamente - a busca exterior. Ou, existe o pensamento, "eu me lembro o que fiz. Eu enfrentei a minha emoção. Entrei no meu medo. Vou fazer isso agora e consegui-lo de volta. Vou tê-lo de volta”. Esta é a mesma busca, mas agora você está usando um movimento íntimo para ir de dentro para fora.  Torna-se um exercício, um processo, algo a fazer para alcançar o que você é. E talvez pareça funcionar meia dúzia de vezes. Mas, torna-se obsoleto, porque se baseia em uma mentira: você ainda está a tentar alcançar o que você é.  Você não pode "conseguir" o que você é. Isso está claro?
Você não pode alcançar aquilo que você é. Para alcançar algo, deve haver "você" e "algo". E você alcança e você chega e obtém algo. Como é que você obtém o que você é? Aonde você pretende chegar? E você não pode "compreender" quem você é. Você pode ler a expressão "Eu sou a Verdade, eu sou a Consciência", e pode sentir-se bem. Pode vibrar com isso. Você pode cantar isso. É uma sensação boa. Você pode pedir por isso. Você pode ler sobre grandes santos e sábios. É uma sensação boa, é útil, e não há nada de errado com nada disso. Mas finalmente, tem de haver uma vontade de ser quem você é. E para a maioria das pessoas, isto é absolutamente amedrontador.  Porque o que a maioria das pessoas suspeitam que são, é a pior coisa imaginável: uma criatura de imperfeição e falta, cheia de feiúra e estupidez. Mesmo que haja uma máscara de conhecimento superior ou realização, debaixo disso temos uma crença de que você está deformado, feio, irresgatável, alma perdida separados de Deus. Certo? Você tem que saber isso.
Toda a nossa atividade é uma tentativa de escapar disso. Mesmo após o "momento essencial", o esforço para escapar continua: tentar "obter" o momento de volta, alegando que possa "mantê-lo". Tudo isso é alimentado por uma profundamente arraigada crença de que você é um feio, antipático, algo que está separado de Deus. E você nunca pode trabalhar duro o suficiente ou ser suficientemente bom para ser reunificado com Deus.
Então esse é o dilema. Esta crença oculta conflita com a enorme, cósmica ânsia de descobrir quem realmente é. E a vida espiritual torna-se muitas vezes uma vida de tortura, auto-tortura. Esta batalha entre ego e superego, entre o "mais alto ser” e o "ser inferior", entre mim e eu, é apenas para evitar experimentar a feiúra que você acredita ser.
Lembro-me de ler uma vez que TRUNGPA (um professor espiritual) disse: "Nunca incentive seus amigos para entrar na vida espiritual, é uma vida dura". E a maioria de nós entra atropeladamente com a idéia de que nos fará feliz para sempre. Mas então algo te agarra pelo pescoço e diz que "pare aqui, diga a verdade, enfrente a verdade, seja você mesmo".
Então eu convido você a estar disposto a ser agarrado pelo pescoço, a ser levado até o chão até que você se entregue para a verdade, independentemente do resultado. Pronto? Você não estaria aqui lendo isso, se já não estivesse. Porque você já descobriu que a investigação sobre a sua verdade não vai dar-lhe grandes poderes ou riqueza, ou felicidade. Na verdade, nada é oferecido. Tudo lhe será tirado; tudo o que você tiver acumulado, tudo que você aprendeu. Tudo que você tiver armazenado é revelado como vazio, como uma ilusão que só o mantém separado de si mesmo. Este é um negócio radical. É extremamente grave. É um negócio prazeroso, um simples negócio. Mas não é para os fracos de coração. É preciso a coragem de uma vida, porque tudo em nós, todo o nosso condicionamento diz: "Não, não. Não vá lá. Não toque nisso. Não faça isso." E ainda quando você atingir um determinado estágio da ânsia, tudo em sua vida está a dizer "você precisa, tem que descobrir a verdade, tem que saber, tem que ser verdadeiro". E então você vai ver onde está a sua lealdade, onde a atenção é.
Texto original:

Reflexões de Final de Ano



Todo ano é a mesma coisa, estamos em dezembro e então começamos a nos preparar para a grande reflexão de como foi nosso ano e o que esperamos do ano que vem, onde foi que falhamos, quais foram nossas maiores conquistas, nossos momentos de alegria, de frustrações, enfim o balanço final de 2010.
Infelizmente, geralmente o nosso saldo é negativo, não porque não lutamos o suficiente para atingir nossos objetivos, mas porque nos colocamos objetivos muito altos, ou objetivos demais e, consequentemente, estamos fadados à desilusão. O que de fato não é uma coisa ruim, se analisarmos com cuidado, afinal o próprio nome: desilusão já diz tudo, apenas tiramos o véu da ilusão de que alcançaríamos alvos humanamente impossíveis de alcançar.
Nesse momento devemos valorizar as pequenas conquistas alcançadas e pensar em objetivos tangíveis para o próximo período, afinal o calendário nada mais é do que mera convenção. Talvez nosso maior erro nem seja não cumprir o que prometemos a nós mesmos no final de um ciclo, talvez o erro seja estabelecermos o objetivo equivocado no final das contas.
Quais são os seus objetivos para 2011? Quais foram os seus objetivos em 2010?
Terminar o ano com as contas zeradas? Hum, isso é obrigação diária, estabelecer um bom relacionamento com nossas finanças deve ser nosso hábito diário e não algo que precise estar em uma lista de desejos.
Consertar relacionamentos com familiares e amigos? Isso também deve fazer parte da nossa rotina, perceber que não somos uma ilha, que para evoluirmos na escola da vida temos que nos relacionar com as pessoas, aprender a perdoar, desenvolver tolerância, ser humilde, estender a mão para quem necessita, enfim isso é objetivo diário.
Ah não, mas o objetivo que tenho é diferente, quero comprar um carro, ou quero comprar uma casa, quero colocar uma piscina na minha casa, quero reformar a cozinha, reformar o guarda-roupas, fazer uma plástica, e aí nos perdemos no infinito dos desejos...
Bom, para esse tipo de objetivos, não nos basta simplesmente enumerar em uma lista de final de ano, é necessário desenvolver algumas potencialidades como a disciplina, o planejamento, a força de vontade, a auto-motivação, enfim, evoluir de fato.
Mas, fico aqui pensando, se esses desejos que temos de adquirir coisas realmente nos trazem alguma felicidade verdadeira ou será só satisfação momentânea? Lembrando que um momento de satisfação, às vezes pode até ser longo. O que de fato nos traz realização e felicidade?
Quando desejamos algo a alguém que amamos, o que geralmente desejamos? Que essa pessoa tenha um carro, ou que o carro possa trazer alguma felicidade para ela?
Desejamos que ela possa comprar uma casa ou que ela se sinta segura nessa casa? O desejo verdadeiro de felicidade está relacionado com a coisa em si ou com o sentimento que ela pode despertar?
E pensando no sentimento que temos em relação aos resultados de nossas escolhas, esforços e oportunidades, digo com certeza absoluta que nossos planos para 2011 podem começar a ser alcançados desde agora, desse exato minuto que eu escrevo e que você lê. Se queremos nos sentir melhores, precisamos agir agora, precisamos melhorar nossos hábitos e ser empáticos em relação a todos que fazem parte de nosso dia-a-dia, porque talvez não saibamos o que viemos fazer nesse mundo ou qual é a nossa tarefa aqui, mas de uma coisa podemos ter certeza absoluta: não estamos rejuvenescendo. Só há um destino que é a morte, e nessa partida para outro mundo não há possibilidade de levar bagagem, cartão de crédito, nem ao menos podemos ir dirigindo nosso próprio carro, o transporte que nos é oferecido é de uso obrigatório. Mas, nem tudo nos é imposto nessa travessia, podemos ainda levar as lembranças, o aprendizado adquirido nessa vida e o amor que nos foi dirigido pelas pessoas que fizeram parte da nossa maravilhosa existência aqui nessa escola chamada Terra.
Então como sugestão coloque no topo da lista de 2011:
Meta nº1 - Ser uma pessoa melhor!
Tenho certeza que só com essa meta já teremos um trabalho enorme para o ano inteiro, mas caso ainda queiramos estabelecer mais algumas metas, é importante lembrar de priorizar os relacionamentos sempre, pois só através deles é que evoluimos e de fato nos tornamos seres melhores.
Desejar um bom dia ao gari que está trabalhando na sua rua logo cedinho, oferecer um sorriso ao cobrador do ônibus, ser gentil com o vendedor da banca de jornais, ser compassivo com o mendigo deitado na calçada, ser tolerante com a assistente no trabalho, ser paciente com o chefe que muitas vezes sabe menos do que você que executa as tarefas, ser amoroso com a família e principalmente perdoar a si mesmo pelas várias falhas que cometemos todos os dias, são algumas receitinhas básicas que podemos tentar nessa experiência de aprimoramento.
Nesse momento, tudo o que desejo é que você tenha boas reflexões de final de ano e boa sorte no planejamento de 2011!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A resposta para absolutamente tudo!


Bem, para iniciar essa leitura é importante saber que estamos sempre certos do que acreditamos, sempre queremos estar certos, só ouvimos e prestamos atenção ao que nos interessa, esse é o nosso filtro pessoal. “Nada acontece fora de mim, trago significado para tudo”.
Para transformar a sua consciência é necessário perceber os velhos hábitos de julgamentos e crenças internas, observar e questionar: Onde tenho padrões em minha vida? O que é consistente nesses padrões?
Geralmente você anda para trás para ver aonde ir, então não tem futuro, só tem um passado usando chapéu e roupas novas e o chama de futuro, mas ainda é o passado! Não importa o que aconteceu no passado, o passado está acabado, não se pode mudá-lo e nem fazê-lo melhor.
Procure se lembrar, você já foi a uma festa ou reunião de amigos quando não estava se sentindo bem e antes de entrar parou e pensou: “ok, não quero arruinar a festa, não quero estragar o momento da pessoa por quem tenho afeto”, e aí fez uma escolha de mudar o seu estado de espírito. A questão é: Você está disposto a aplicar isso em sua vida? Por você?
O fato é que você nunca está aqui, porque aqui parece ter menor importância, quando na verdade, é o único momento. A única coisa que você pode mudar nesse momento é quem você está sendo, esse é o lugar que você está agora, mas não precisa ficar aqui. Mas, o que está faltando? Você só se sentirá realizado quando estiver completamente presente na sua posição.
Então, considere que você participa do processo de criação como um ser humano consciente de si mesmo. Crie o seu propósito e faça com que seja algo que o inspire fortemente, algo que mova a sua vida. E nesse processo é importante lembrar que quanto mais você dá, mais você recebe, dar um sorriso que faz o dia de alguém melhor, dar comida a quem precisa, mudar o mundo de alguma forma nos deixa mais dispostos.
Quando acordamos decidimos o rumo que terá o nosso dia, tomando a responsabilidade por tudo que nos acontece, isso é o que nos faz mudar a forma de ser, aí começamos a aprender a jogar o jogo da vida. Responsabilidade não tem nada a ver com culpa por algo feito no passado ou um fardo ou obrigação que temos que carregar para o futuro, quando você se entrega realmente à responsabilidade, percebe que é algo libertador, pois você vê que na verdade quem está no comando do navio da sua vida é você.
Ao jogar o jogo da vida, há certas leis a entender que lhe conduzirão ao caminho da liberdade, uma delas é que não se pode sair desse jogo vivo, então você tem duas escolhas: a) procurar o que está errado em sua vida; b) perceber que tudo é perfeito exatamente como é. E isso requer uma mudança na forma de pensar, de crer, na forma de interpretar a mim, meu mundo, meus humores e sentimentos de uma forma diferente da atual.
Você não é a situação que está vivenciando, você pode estar em um casulo em certo momento da sua vida, mas em algum ponto precisa tomar uma atitude de transformação, e a chave é ter 100% de crença, disciplina e foco.
Você pode passar sua vida condenando seus pais, mas é provável que eles tenham feito o melhor que puderam, dada a percepção, consciência e circunstância que tinham na época em que te criaram.
Quando algo está acontecendo em sua vida, descubra o ouro, descubra o valor positivo da situação ou da pessoa com a qual possa estar se relacionando e determine que há um significado muito bom, valorize, enalteça, perceberá como isso se multiplica. É importante saber que todos nós podemos ajudar uns aos outros, visualizando saúde, paz, amor, o sentimento de que estamos todos conectados.
Decidir viver é básico! Os médicos têm seu papel importante nesse mundo e não há dúvidas disso, mas a ciência jamais competirá com a natureza. Você pode até ir ao médico e dizer “por favor, conserte isso”, mas quando você sair do consultório tudo começa novamente, e isso acontece porque nos desconectamos da responsabilidade do que nossa saúde realmente é, precisamos acreditar no corpo magnífico que possuímos e que realiza muitos milagres a cada minuto que passa. Portanto, é importante sim comer adequadamente, se exercitar e desenvolver relacionamentos mais profundos com as pessoas, só então passará a gostar mesmo da vida.
Há momentos em que viciamos em nosso comportamento, é como se disséssemos “que se dane, não sou responsável por isso”, viciamos em substâncias assim como em comportamentos, nos entorpecemos a ponto de neutralizar os nossos sentimentos, mas esse nem é o problema, o problema real é o que está por baixo, é o que chamamos de pensamento destrutivo. Quando nos afundamos em vícios comportamentais, o pensar fica desregulado, as crenças sobre quem nós somos e a voz na mente fica dizendo mentiras o tempo todo e nós acreditamos. A verdade é que ficamos com medo de sentir, de ser, de estar na vida, de agir, de ser autêntico e sincero com as pessoas, medo de dizer que temos medo e aí acabamos numa prisão interior chamada “desespero”, e essa falta de esperança, desmoralização incompreensível é o fundo do poço. Nesse momento é hora de parar e perceber que isto não está dando certo, talvez seja hora de tentar outra forma de viver, de se relacionar com as pessoas de verdade e para se conectar com as pessoas é preciso estar interessado.
É importante perceber que não se muda o pensamento, o que se muda são as ações e essas sim mudam a nossa forma de pensar. Ações direcionadas são a chave! Somos todos viciados em algo, precisamos descobrir qual é o nível disso. Você pode ter quantos pensamentos positivos quiser, mas até que se livre das toxinas do seu corpo, até aprender a se amar, nada será diferente. E você faz isso pedindo desculpas a quem precisa e a quem você acha que não precisa, até que você limpe isso, nada mudará do lado de fora, você precisa ser diferente para mudar as coisas. Começa com você!
Uma coisa que precisa acontecer, é que quando você percebe que seu jeito de ser não funciona, você deve abandoná-lo. Tem que criar espaço, geralmente enchemos nossa vida com maneiras de ser que não funcionam e são dessas maneiras que você deve se desapegar, se libertar para abrir espaço no qual você pode criar uma nova forma de ser. Aplicar uma nova possibilidade à forma antiga de pensar não trará resultados, é como água descendo em um córrego, se não há obstáculos ela correrá livremente e de forma poderosa.
A abundância é para todos, se você não tem dinheiro, procure buscar quem é a pessoa da qual você se ressente por ter dinheiro, descubra a realidade sobre o que você imagina dessa pessoa e perceba que se você tiver dinheiro não precisa agir como ela. Se você aprecia o que tem, vai obter mais daquilo, mesmo que você tenha poucos recursos, você deve olhar para eles com apreciação, assim você obterá mais e mais. Não se ajuda financeiramente ninguém sendo pobre, você deve levar uma vida abundante, nasceu para isso, é da sua natureza.
A energia flui para onde está a sua atenção, o que quer que você veja, mantenha o foco e é para lá que acabará indo. Isso também acontece nos relacionamentos, se você se focar nos aspectos negativos das pessoas com quem se relaciona, a tendência é piorar, o ideal é focar nas qualidades e assim se multiplicarão. E então, pergunte-se: consigo sentir empatia pelo outro? Trago para esse relacionamento 100% de comprometimento? Você só mudará o relacionamento quando assumir a responsabilidade e tiver atitudes positivas.
Quando você observa a natureza, se percebe como parte dela, então se observa a natureza e vê como ela funciona, pode ver como sua vida foi projetada e se você cooperar, ela fluirá livremente, facilmente, mas se tentar fazer do seu jeito tornará tudo mais difícil. Lembre que seu trabalho é servir os outros, só assim você estará em equilíbrio com os demais. Se você trata bem as pessoas à sua volta, elas retornarão a você te provendo da mesma forma. A única forma de sermos para os outros é sermos comprometidos, nutrindo os relacionamentos.
Você tem que se arriscar para ganhar, se quer crescer e se tornar melhor, precisa ir onde nunca esteve e enfrentar o desconhecido. Tudo o que você quer aprender requer prática, você está disposto a pagar o preço? É necessário ter coragem, paixão e vontade, e fazer o necessário para alcançar o objetivo. Se você quer algo, faça com determinação, planejamento e esteja disposto a passar por desconfortos ao fazê-lo. Há um sistema que não falha, é consistente e há princípios para que isso aconteça. “Tentar é falhar com honra, o fracasso não é uma opção”, “vou ter isso e farei o que for possível para conseguir”.
É fundamental preparar bem as suas intenções, é algo específico? Já foi conseguido antes? Ou é inatingível?
Participação integral significa que ao acordar você já está na ativa e quando vai dormir está exausto, por quê? Porque você joga com tudo, sem nada a perder, e você realmente não tem nada a perder, porque como já foi dito não há como sair do jogo vivo, então só podemos jogar com tudo. Totalmente responsáveis, como fonte, criando do nada e arriscando 100%. E quando alcançar sua meta lembre-se de retribuir, isso refina suas emoções e traz motivação para fazer cada vez mais e melhor.
Ter um pensamento positivo não basta, tem que ativá-lo com uma intenção forte, você tem que agir, sem ação não há resultados. É importante fazer parte, agir, conhecimento é inútil se você não puser em prática, apenas saber não resolve nada, aplique o conhecimento. E ação atrás de ação sem uma visão também não resolve, é só girar de rodas, só movimento, não se chega a lugar algum. Mas quando se tem ação e visão alinhados, você tem sucesso.
Coisas acontecem nos relacionamentos, quando criamos acordos sobre essas coisas e agora que você conhece as regras do jogo precisa praticar até tornar isso algo natural como o ato de respirar, que você não precisa de esforço, aí você relaxa e está livre para criar. Algumas práticas recomendadas é escrever um diário, meditar, exercícios físicos, ler, estudar em silêncio, pois ao ficar em silêncio você pode ouvir algo além do diálogo interno.
Agora que você sabe como tudo funciona é hora de pôr em prática. Boa sorte!


·         Resumo do filme The answer to absolutely everything.